quinta-feira, 29 de março de 2007

Do trailer ao post

Por Viveca Santana

Hoje indico um blog muito bom, da Folha de São Paulo, dirigido aos cinéfilos, amantes de filmes de qualidade e de Arte.
O Ilustrada no Cinema tem matérias ótimas que sugiro aos exigentes espectadores e aos que adoram ficar em casa no ócio, vendo um bom filme.
Detalhe para a matéria publicada no dia 16/03 sobre os "Gênios do jazz no cinema" - provavelmente teremos Miles Davis e Dave Brubeck como personagens de filme e documentário, ótimas oportunidades para quem não conhece o trabalho dos dois.
Na Filmoteca, indicações ótimas como "Laranja Mecânica" de Kubrick e "Boogie Nights", de Paul Thomas Anderson além de "Acossado" de Jean-Luc Godard que sempre surpreende.
É isso.
Para guardar nos "favoritos" : http://ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br/

terça-feira, 27 de março de 2007

Lost.

Juro que tentei. Tentei sair no sábado, enfrentar o trânsito insuportável de Salvador e aguentar os guardadores de carro para ver uma das minhas bandas prediletas daqui, a Machina.
O problema é que como sempre, fui parar no bar errado e tive a certeza de que estou com uma memória péssima.
Se não me perder pelas ruas da próxima vez, juro que falo da banda.

terça-feira, 13 de março de 2007

Blocked.

Por Viveca Santana

Ontem foi um daqueles dias extremamente preguiçosos, dos que a gente acorda meio chateado e sem saco para ensaiar uma conversa com alguém, dar dois passos a mais, ou atender um telefone.
Dia em que alguém fala com você e as palavras não têm importância nenhuma. São só palavras soltas, sem nexo. Sem a sonoridade e a delícia de se ouvir e responder.
A novidade (que nem é novidade mais) é que ando num período de bloqueio. Não consigo escrever nada.
Tenho até alguns momentos bons de devaneio, mas quando tento colocar no papel, vai tudo embora. Talvez porque o que surgiu na hora, não seja meu realmente e aí por não me pertencer, se perde.

**Dica para ouvir num dia desses: qualquer coisa do Radiohead.






segunda-feira, 5 de março de 2007

...ter loucura sem ser doida...

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais, mas pelo menos entender que não entendo".
Clarice Lispector


*Clarice. Uma das minhas favoritas - a que me espelho, a que adoraria tornar-me se fosse possível, a que devoro os livros, sem preguiça alguma. A que vê na loucura um ar de imaginação, de doçura, de entendimento, mesmo que não seja o entendimento que nos acostumamos e nos obrigam a ter. Este é um dos muitos fragmentos, vivos no meu caderno de anotações.